Produção
de nanocápsulas de Triptofano- revisão prévia sobre o tema –3ª parte
O Triptofano é
um aminoácido essencial usado como suplemento dietético e no tratamento do
stress e hiperatividade (em crianças) e também usado no tratamento da depressão
e de distúrbios do sono (2). Em aplicações farmacêuticas, o L-triptofano é
usado como um ingrediente ativo em antidepressivos e hipnóticos. Na área de
nutrição clínica é um componente indispensável em infusões de aminoácidos e em
dietas enterais e oral (3).
Este
aminoácido é prontamente absorvido do trato gastrintestinal. O triptofano é
extensivamente ligado à albumina sérica. É metabolizado a hidroxtriptofano para
serotonina e outros metabolitos, incluindo derivados de kinurenina, e excretado
pela urina. A piridoxina e acido ascórbico parecem estar ligados neste metabolismo
(1). O triptofano é um precursor da
serotonina. Devido a depleção de serotonina no SNC é considerado ser ligado a depressão,
sendo usado no tratamento da mesma. A piridoxina e acido ascórbico são
considerados sendo envolvidos no metabolismo do triptofano para serotonina e
são algumas vezes dados concomitantemente.
Reações
Adversas:
Náusea, dor de
cabeça e tontura tem sido relatados. Tem havido relatos ocasionais de
desinibição sexual, discinesias reversíveis, e rigidez parecida com a Parkinsoniana
reversível em pacientes tomando triptofano com ou depois de fenotiazinas ou
benzodiazepínicos.
Um aumento na
incidência de tumores de bexiga foi relatado em camundongos que tomaram
L-triptofano em associação com colesterol.
O 5
hidroxitriptofano, um intermediário na conversão do triptofano em serotonina,
tem ação estimulante central assim como relatos de efeitos neurotóxicos(1).
Referências:
1. MARTINDALE –The Extra Pharmacopoeia.29ªEd.
1989.
2. BATISTUZZO, J.A.O., ITAYA, M., ETO, Y.Formulário
Medico Farmacêutico.3ed, São Paulo: Pharmabooks, 2006.
Nanocápsulas
As
nanocápsulas (NCs) são compostas de um núcleo oleoso envolto por uma membrana
polimérica com surfactantes lipofílicos e/ou hidrofílicos na interface. Para a
preparação das nanocápsulas são utilizados polímeros geralmente na concentração
de 0,2 a 2% (p/p) (Devissaguet & Fessi, 1991). Surfactantes hidrofílicos e
lipofílicos também são utilizados, usualmente de 0,2 a 2% (m/m), e os óleos
utilizados podem ser vegetais ou minerais, devendo apresentar ausência de
toxicidade, não serem capazes de degradar ou
solubilizar o polímero e alta capacidade de dissolver a droga em questão
(Legrand et al.,1999). Nanocápsulas são
carreadores de escolha para a administração intravenosa de substâncias
lipofílicas, pois são constituídas por polímeros estáveis, com baixa toxicidade
e capacidade de degradação no organismo. Podem ser classificadas como
convencionais ou furtivas (Mosqueira, 2000). As nanocápsulas convencionais
podem ou não conter poloxamer 188 (surfactante) adsorvido à suas superfícies
(PLA-POLOX e PLA nua, respectivamente), e acumulam os fármacos encapsulados em
células do sistema fagocitário mononuclear (SFM). Já as nanocápsulas furtivas
(PLA-PEG) representam um tipo especial de partículas com cadeias de PEG ligadas
covalentemente à superfície. Essa modificação permite que as nanocápsulas
quando injetadas por via intravenosa, escapem das células do SFM (Owens
& Peppas, 2006).
Existem vários
métodos para a preparação de nanopartículas poliméricas, que podem ser divididos
em duas classes principais (Legrand et
al,1999): a primeira engloba a maioria dos métodos, que consistem em reações de
polimerização, enquanto a segunda baseia-se na precipitação interfacial de polímeros
pré-formados, denominada nanoprecipitação (Fessi et al., 1989).
Características
físico-químicas das nanocápsulas
A
caracterização físico-química das nanocápsulas é tecnicamente complexa de ser
realizada em função de sua natureza coloidal e da variedade de constituintes
que compõem as formulações. No entanto, a determinação destes parâmetros é de
extrema importância, pois avalia a estabilidade das preparações e permite
determinar o perfil de distribuição das nanoestruturas, bem como sua interação
com células do SFM após administração intravenosa (Barratt, 2000; Legrand et al., 1999). A análise morfológica, a
distribuição do tamanho das partículas, a determinação do potencial elétrico
superficial (potencial zeta) e da cinética de liberação do fármaco a partir das
nanopartículas são técnicas geralmente usadas nessa caracterização (Legrand et
al., 1999).
Potencial zeta
das nanocápsulas
Muitas
técnicas têm sido desenvolvidas e utilizadas para estudar a modificação de
superfície de nanopartículas poliméricas (Soppimath et al., 2001). Um método eficiente para
avaliar este parâmetro é a determinação do potencial zeta (ζ) de superfícies
aquosas contendo nanopartículas (Legrand et al., 1999).
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